quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um lugar para sonhar

Por Veronica Fraga (editora)

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Quando estive pela primeira vez no Hotel Pequena Suécia, percebi alguma coisa mudar em mim. Foi surgindo devagarzinho e quando me dei conta, já tinha acontecido. Era a primeira vez que me sentia em casa, num hotel maravilhoso. Sensação deliciosa e bem diferente.  

Para começar, o lugar fica no sopé da serra das Agulhas Negras e é cercado por uma natureza deslumbrante!  Aos poucos, fui tomada por uma intensa alegria. Tudo me parecia familiar e me deixava muito à vontade. Primeiro, porque que me encontrava em contato com a natureza, o que sempre me fez muito bem.

A vida toda fui muito sintonizada com o verde, a serra, o campo... Mas era ela lá e eu aqui, na urbe. O máximo que conseguia imaginar, até então, era  viver no mato quando ficasse velhinha.  A sociedade incute coisas na cabeça da gente que não são nossas. Tipo: “jamais vou me acostumar a uma vida longe da metrópole”! Não é verdade! E nós só aprendemos a separar o joio do trigo com a maturidade. Ainda bem que temos essa chance! De repente, estava eu ali, num lugar sonhado como algo distante e me sentido em casa.

 
Experimentei uma espécie de confusão temporal entre presente e futuro, sonho e realidade. E a partir daquele momento, decidi que queria muito viver naquele lugar. Só que, desta
vez, o mais rápido possível. 



 

Curiosa, comecei a tentar descobrir o que me causava essa sensação tão boa.  E segui fazendo meu inventário. 


                                                                
Percebi um conjunto de fatores.
O lugar era decorado com muito bom gosto e personalidade. Nada de alto luxo! Muito melhor! Eu diria “novo luxo”. Em cada canto e recanto se via o esforço de criar beleza a partir das coisas simples. Além disso, tinha muito afeto contido nessa beleza. 

Havia também um contraste muito interessante entre objetos e móveis de época originais (que devem valer muito) com outros customizados, e muito artesanato.


Enfim, peças únicas. Um bom exemplar do estilo hi-lo, para usar a linguagem da moda, que vem fazendo a cabeça dos mais antenados.

O hotel tem apenas 18 chalés e suítes - o que o distingue de outros que têm dezenas, tipo “linha de produção” característica dos grandes hotéis. O que os deixam meio sem fisionomia e sem estilo.

No Pequena Suécia, não. Cada um é diferente do outro. E estilo é o que não falta! Está no patchwork das almofadas, nas clarabóias, nos lustres e abajures, por todo o canto. Todos têm lareiras e salinhas de estar integradas ao quarto. Do mais barato ao mais caro (Chalé do Príncipe).

De qualquer lugar que você olhe, a paisagem é sempre bela, pois a composição entre chalés, natureza, piscina, paisagismo, mimos e restaurante foi feita com muito equilíbrio.




Sem falar nos detalhes que, sem querer, a gente se perde admirando, como as folhas secas caídas no teto de vidro.  





Lá, a gente sente o cheio do bolo saindo do forno à tardinha, o aconchego da roupa de cama macia e limpinha, como as que temos em casa, vê flores e vasinhos por todos os cantos e ouve o canto dos passarinhos, enquanto faz uma sauna, trabalha no laptop ou assiste filmes na TV.

Não é preciso sair para comer, nem ter que encarar um self  service impessoal dos serviços de “pensão completa” porque tem restaurante com um excelente cardápio à la carte, onde podemos saborear deliciosas iguarias, bem preparadas e saudáveis. 


Pode escolher se prefere comer do lado de dentro ou de fora do rastaurante.




Depois relaxar num perfumado banho de banheira aromatizado, ou com as massagens e terapias do Spa Santo Ócio (esse nome é um achado!).




Tem lugar para fazer piquenique, como antigamente, um domingo no campo, trilhas para caminhadas a pé ou de bike por cachoeiras e outros paraísos escondidos de Penedo . 

Uma atmosfera familiar e acolhedora, que nos traz boas lembranças de infância, toma conta do lugar. 
O conforto é moderno, o resto é personalidade e tradição preservada que faz a gente respirar história daqui e da Suécia, em todos os detalhes: nas vestimentas das copeiras, nos pratos típicos do cardápio, nas guloseimas do café da manhã, nos móveis antigos, nos objetos, nas delicadezas...


É indescritível o prazer de acordar, olhar para cima e ver as árvores cruzando o céu azul nos dias de sol, depois tomar um farto e saboroso café da manhã - com biscoitinhos de canela e panquequinhas feitas na hora, e sentar para trabalhar no computador com a janela escancarada para uma vista deslumbrante! A paz, o cheiro das plantas, a cor da piscina sempre limpa... Não tem preço! 
E na noite de Natal ter o privilégio de jantar com o show de uma harpista do naipe de Cristina Braga, numa casa de jazz que fica dentro do hotel, não é o máximo?


Ou ainda, depois de se acabar de dançar numa festa de réveillon e assistir a uma queima de fogos de cair o queixo, acordar no dia seguinte com um farto brunch ao som de violino (ao vivo) e uma dupla de sopranos, interpretando desde música clássica aos clássicos da música pop!  Uhauuuu! É a visão do paraíso!

Faça sol ou faça chuva, tudo ali tem poesia. O que realmente importa está lá e nos é transmitido pelo dom de quem sabe dar significado às coisas materiais e aprendeu a resgatar a tradição e a beleza, sem perder de vista  o essencial.
Ainda não decifrei todo o mistério. Cada vez que pego a estrada e chego ao Pequena Suécia, descubro um pouco mais.  Afinal, ele é o primeiro hotel de Penedo, tem quase um século de história, experiência e tradição!
A minha casinha já está sendo providenciada lá mesmo, nos arredores.

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